domingo, 1 de julho de 2012

Novo Calendário de Vacinação da Criança 2012


Desde o começo do 2° semestre deste ano de 2012, o Calendário Básico de Vacinação da Criança ganhou duas novas vacinas. É importante retomarmos este assunto aqui no blog, afinal temos que estar sempre antentos à imunização de nossos pequenos pacientes.

O que mudou?

A Vacina contra a Poliomielite (via oral) contará com a complementação da Vacina Inativada contra a Poliomielite (VIP), sendo aplicada aos 2(dois) e aos 4(quatro) meses de idade. A "pólio via oral" continuará sendo aplicada, mas como reforço, aos 6 (seis) e aos 15 (quinze) meses de idade. Vale ressaltar que a VIP será injetável e apenas em crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.

A vacina Pentavalente passa a fazer parte do novo calendário, protege contra 5 doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite Bdifteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B, combinando com as já existentes: tetravalente e Hepatite B; ou seja, sendo aplicadas da seguinte forma: 1ª dose aos 2 meses de idade, 2ª dose aos 4 meses, 3ª dose aos 6 meses de idade.

Qual a diferença entre a Pólio oral e a injetável?

A vacina oral poliomielite (VOP) é uma vacina viva atenuada, administrada por via oral, segura, eficaz, induz imunidade duradoura contra os três tipos de poliovírus, capaz de competir com a circulação do vírus selvagem, interrompendo abruptamente a cadeia de transmissão da doença. Ao circular pela comunidade, nos comunicantes dos vacinados, promove imunização coletiva. A vacina inativada poliomielite (VIP) é administrada por via injetável, é segura, eficaz, desencadeia uma excelente resposta imune contra os três tipos de poliovírus. (Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/)


Por que a mudança da vacina de gotinhas para a injetável?
 
Porque o Brasil já está se preparando para a utilização apenas da vacina inativada quando houver a erradicação da poliomielite no mundo, momento em que será recomendado apenas o uso da vacina injetável. Essa vacina será incluída na vacina pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada), transformando-se na vacina heptavalente. Os laboratórios Bio-Manguinhos, Butantan e Fundação Ezequiel Dias-FUNED estão desenvolvendo este projeto. A previsão é que a vacina heptavalente esteja disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) dentro de quatro a cinco anos.
(Fonte:
http://portalsaude.saude.gov.br/)
Veja abaixo o novo calendário:
Fique atento às mudanças do calendário vacinal e proteja os pequenos, qualquer dúvida consulte o pediatra.
Indicamos esse link do Portal da saúde do Governo do Estado de SP: http://migre.me/bOPTH

sábado, 17 de março de 2012

"Pequenos acidentes"


Ao engatinhar e ao dar os primeiros passos, a criança estará disposta à explorar os ambientes, se sentir o “super-homem”, escalar mobílias e colocar quase tudo o que ver na boca principalmente se o cheiro e a cor do objeto agradar, onde na maioria das vezes ocorrem alguns pequenos acidentes que se não forem supervisionados podem causar uma preocupação ainda maior. Partindo destas afirmações, vamos citar alguns cuidados que você dever ter com suas crianças:





Cozinha não é lugar de criança! 
Sempre é bom ressaltar aquilo que já estamos cansados de saber, mas por esse motivo, de “acharmos” que já sabemos, todos os dias acontecem vários casos de queimaduras graves nos hospitais e pronto-socorros do país. Em um leve descuido, seu filho pode ficar na ponta dos pés e puxar o cabo de uma panela no fogão e derrubar todo seu conteúdo em cima dele, por exemplo, isso é um exemplo clássico de queimaduras. Fora as queimaduras, a criança pode pegar qualquer objeto no chão ou ao seu alcance e levar à boca, causando intoxicações, cortes, engasgos, etc. Para evitar tais acidentes, podem-se colocar pequenas grades / portõeszinhos para impedir que a criança transite pela cozinha, principalmente quando estiver cozinhando. Quanto às panelas no fogão, os cabos das panelas sempre virados para a parede e se for possível utilize os bocais de trás do fogão, para que não corra o risco de virar sobre a criança ou ao menos respingar, por exemplo, óleo quente. Não coloque cortinas ou qualquer tipo de panos perto do fogão e não esqueça panelas no fogo. Todos os objetos da cozinha devem estar fora do alcance das crianças, faça o possível para que fique distante mesmo com você por perto. Hoje em dia existem travas para armários e são de baixo custo.


Choque elétrico
Hoje em dia existem aqueles protetores de tomadas, um item indispensável, porém para as crianças maiores é fácil de retirar, por isso é necessário que explique sobre os perigos. Troques todas as tomadas defeituosas de sua casa e não realize consertos ‘quebra-galhos’ em fiações e tomadas, com criança em casa, essas atitudes são perigosas. Faça sempre revisões nas instalações elétricas.


Intoxicações
Você já deve ter ouvido falar sobre casos de intoxicações em crianças que ao pensar que o que havia na garrafa era refrigerante, por exemplo e não era, era água sanitária... esse é um caso simples mas muito comum e pode ocasionar problemas graves. Evite deixar ao alcance da criança qualquer tipo de produto de limpeza, NUNCA reutilize embalagens de refrigerantes para armazená-los, isso é um atrativo para a criança, por mais bobo que possa ser. A água sanitária, por exemplo é altamente corrosiva por menor que seja a quantidade ingerida, por isso, fique atento! Os inseticidas já possuem a trava, mas não é por isso que devem ficar à vista da criança. Todo cuidado é pouco! Outra dica simples é ao trocar a fralda do bebê, por exemplo, certifique-se que o produto de higienização (ex: talco, colônia, etc.) esteja fora do alcance do bebê, pois em segundos ele pode colocar virar contra seu rosto ou ingerir.
A partir dos 5 anos, as crianças tem mais liberdade de movimento e a curiosidade é ainda maior, costumam ‘se encantar’ por remédios que lembram balas, por exemplo e por serem coloridos, não hesitam em colocar na boca. Lá vai a velha dica: Mantenha toda e qualquer medicação fora do alcance das crianças. Armazene as medicações em armários altos. Outra dica é tomar cuidado ao levar seu filho na casa de outras pessoas que não tem crianças pois com certeza haverá produtos tóxicos em lugares visíveis. Todos os produtos de limpeza, incluindo perfumes devem ser sempre bem tampados e bem guardados.

Cuidado com a água
As crianças são muito atraídas por água, por isso muito cuidado com baldes com água, piscinas, banheiras, vasos sanitários. Mantenha a porta do banheiro bem fechada, os baldes, bacias e banheiras vazias, pois, o peso da cabeça de uma criança de um ano, por exemplo, é maior do que seu corpo e ela pode virar e se afogar em uma ‘quantidade inocente’ de água dentro de um balde. Ao dar banho no seu filho, mesmo que já esteja maiorzinho, NUNCA o deixe sozinho, em questões de segundo ele pode escorregar e/ou se afogar. Já as piscinas, devem ter grades de segurança e nunca permita que seu filho aproxime-se dela sozinho. O afogamento é a segunda maior causa de mortes de crianças de 1 a 14 anos no Brasil e cerca de 5 segundos sem respirar é capaz de causar danos permanentes no cérebro. Por isso, um olhar atento pode salvar a vida de seu filho.
Como ajudar? Afaste o pequeno da água o mais rápido possível, tente tranqüiliza-lo; Se perceber algum tipo de traumatismo durante queda, mantenha a reta e a cabeça imobilizada, exceto casos de quedas bruscas, não movimente a criança pois poderá ocasionar lesões graves. Aqueça a criança e chame o serviço médico urgentemente, se não houver grandes riscos visíveis, leve imediatamente a criança ao pronto-socorro/hospital mais próximo.

Sufocações
Como já mencionado anteriormente, a criança explora o mundo com as mãos e pode levar à boca qualquer tipo de objeto, principalmente grãos, botões, brincos, pequenos brinquedos, moedas, etc, podendo também serem levados ao nariz e ouvido, causando sufocação e engasgamento. Mantenha estes objetos fora do alcance das mãozinhas curiosas. Ao qualquer sinal de engasgamento ou sufocação, leve imediatamente seu filho ao pronto-socorro mais próximo. Estes pequenos acidentes podem acontecer sem você estar por perto, para saber se houve sufocação ou engasgamento, observar: Engasgamento: Dificuldades de respirar, ruídos durante a respiração, agitação, palidez ou arroxeamento da pele, perda da consciência e parada cardiorespiratória. Nunca use o dedo ou qualquer outro objeto para forçar a criança a vomitar. Isso a deixará ainda mais nervosa, agitada e sem fôlego. Em geral, o alimento ou objeto é expelido naturalmente. Menos de dois anos devem ser colocados de bruços no colo, com a cabeça apoiada em uma de suas mãos. Com a outra mão, em forma de concha, dê cinco tapas firmes nas costas (entre as omoplatas) da criança, para ajudá-la a cuspir o que engoliu. Nesses casos o correto é ligar para o serviço de emergência e/ou levar imediatamente seu filho ao pronto-socorro ou posto de saúde mais próximo. Nunca tente provocar o vômito e não ofereça líquidos à criança.


Quedas
Como já se sabe as crianças não tem noção do perigo e podem escalar mobílias e se jogarem ou até mesmo colocar algum objeto para que alcancem a janela e se joguem igual ao personagem favorito do desenho. Estes tombos podem causar pequenas lesões e até um traumatismo craniano, por isso instale redes de proteção nas janelas e nunca deixe cadeiras, obejtos próximos aos móveis (armários, estantes, etc) e às janelas para que a criança não caia ou apenas derrube a mobília em cima de si própria, se necessário coloque grades nos ambientes em que as crianças possam ocasionar uma queda, principalmente em escadas que são um atrativo para as crianças ‘brincarem’ de sobe e desce. O mesmo cuidado vale para as crianças no berço, atente para que as grades estejam levantadas e não haja objetos próximos à grade no qual a criança possa 'escalar'. Ao trocar a fralda, nunca deixe o bebê sozinho, antes de trocá-la, providencie os produtos à serem utilizados e deixe-os próximos para evitar quedas.
 Caso ocorra a queda, os pais devem ficar atentos aos sinais de: confusão, irritabilidade excessiva, vômitos e desmaios e imediatamente levar seu filho ao pronto-socorro. Principalmente se houver ferimentos e sangramentos, o atendimento deve ser rápido. Nos demais casos, coloque gelo sobre o local do trauma para diminuir o hematoma. Se após o acidente a criança quiser dormir, deixe-a em observação. Desperte-a de hora em hora, nas primeiras 4 horas após a pancada, e verifique se ele reconhece o local e as pessoas. Além da queda, parece que as crianças estão sempre batendo a cabeça em quinas de móveis, por isso prefira móveis com quinas arredondadas ou adquira protetores de mesas (cantoneiras) disponíveis no mercado que podem suavizar a batida.

Cuidado com as plantas
Plantas muito comuns que podem causar intoxicações, como por exemplo: comigo-ninguém-pode, saia-branca, espada-de-são-jorge, devem ser mantidas em locais altos, de preferência, longe do alcance dos pequenos. Se estiverem num parque ou em um jardim, fique atento para que a mesma não seja atraída pela boniteza da planta e leve à boca. Apenas ao tocar a planta pode haver intoxicação, urticária e irritação nos olhos. Se houver ingestão, poderá ocasionar vômitos, náuseas, dores abdominais, cãibras e podem entrar em estado de coma. Mas calma, se ocorrer apenas inchaço, vermelhidão e irritação, poderá lavar abundantemente o local com água e sabão. Se a criança ingeriu a planta, não provoque vômito e não ofereça líquidos, ligue imediatamente para o socorro médico e/ou leve-a ao pronto-socorro.

Cortes com sangramentos
Objetos pontiagudos e cortantes, nem é preciso dizer que deve ficar longe do alcance das criança. Evitar que a criança utilize copos de vidro, brinque próximo à vidraças entre outros cuidados do tipo já é mais velho do que andar para trás... Mas tudo isso é quase inevitável não é mesmo?
Porém, se ocorrer, lave imediatamente o local com água corrente e sabão, se o sangramento persistir, comprima a região com panos limpos por alguns minutos, acalme a criança. Se o corte for superficial, provavelmente não precisará de curativos. Porém se for profundo (se você enxergar uma camadinha de gordura/pele aprofundada no corte) leve a criança ao pronto-socorro. Cortes leves devem ser cobertos com gaze. Nunca utilize água oxigenada por exemplo no ferimento, pois podem aumentar o risco de infecção e a lesão posteriormente pode piorar.

Como já vimos, todo o cuidado é pouco com os pequenos! Vale ressaltar que toda ajuda deve ser feita se não houver nenhum risco maior à criança, por isso, diante de qualquer acidente, procure auxílio dos profissionais da saúde e não hesite em chamar socorro médico nos casos mais graves, por exemplo.

Posteriormente iremos criar um post só de primeiros socorros aos pequenos pacientes, este post é apenas para a prevenção dos pequenos acidentes domésticos, vislumbrando o fornecimento de informações aos pais.

Quer saber mais sobre prevenção de acidentes com crianças?
Indicamos o site: www.criancasegura.org.br

Veja abaixo um vídeo ressaltando quais os perigos na qual uma criança pode sofrer vários acidentes domésticos:


Telefones úteis de emergência: 
SAMU – 192 
CORPO DE BOMBEIROS - 193


Fontes:
Bolsa de Bebê - Revista Crescer - Portal Brasil - Alô Bebê - Bolsa de Mulher

domingo, 11 de setembro de 2011

Amamentar é um ato de amor!



 Amamentar é um ato de amor!


Bom, que o “ato de amamentar” é saudável ao bebê, muitos devem estar cansados de saber... Porém, por trás do simples fato de amamentar surgem muitas dúvidas e a cada dia surgem também novas notícias sobre os benefícios deste ato singelo e tão importante para a vida de uma mãe e da criança.

Como a amamentação é um assunto de EXTREMA importância, no que se diz respeito à saúde da criança, neste post iremos comentar algumas coisas que achamos interessante ressaltar e é bem provável que mais pra frente este assunto volte à passar por aqui. Aproveitamos para dizer que como este assunto é extenso, criaremos alguns tópicos separadamente. Fiquem à vontade para comentar!

Preparando as mamas para o aleitamento...

Toda mulher já possui os seios “preparados para produzir leite”, porém nem toda mulher já está preparada para amamentar... Entre as mamães de primeira viagem, são inúmeras as dúvidas que surgem antes da primeira mamada do bebê, faremos um misto entre dicas e comentários sobre alguns mitos à seguir:

Durante a gravidez, o corpo da mãe já se prepara naturalmente, mas valem também alguns pequenos preparos como:
- Lavar as mamas apenas com água (se possível evitar sabonetes, cremes, óleos) ;

- Durante o banho, (massageie) o bico da mama e a aréola SUAVEMENTE com as mãos – isso deixa a pele mais resistente para que quando o bebê for sugar a pele já estará ‘preparada’;
Obs.: existem algumas controvérsias sobre o uso da bucha vegetal, por isso, qualquer dúvida, antes de utilizá-la, questione seu médico.

- Não espremer o peito durante a gestação! Todo cuidado é pouco, e isso poderá machucar as mamas. Se possível, apenas massageie a aréola e o bico durante o banho;

- Sempre que possível, tome banho de sol por no máximo 15 minutos com as mamas expostas pela manhã das 8h às 10hs;

- Prefira os sutiãs de algodão, pois além de mais confortáveis, são higiênicos e deixam as mamas mais ventiladas, mas isso não quer dizer que é necessário deixar de usar sutiã e já desmitificando:  AMAMENTAR NÃO DEIXA O PEITO CAÍDO, isso é MITO.

O portal Guia do Bebê.com indica um preparo essencial com as mamas:
Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da base até o bico, como se fosse uma ordenha. Repita o movimento cinco vezes com delicadeza, mas com energia. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. 
- Se as mamas racharem durante a gravidez, evite usar produtos caseiros ou comprados, comunique seu médico e tire todas as dúvidas.


Atenção! Todos os tipos de bicos de peitos possibilitam a amamentação!

Eles podem ser: protusos, planos ou invertidos, porém algumas vezes é necessário apenas o auxilio da equipe de saúde nos primeiros momentos da amamentação.




A Primeira mamada...

Antes de tudo, precisamos dar algumas dicas sobre as FORMAS CORRETAS DE AMAMENTAÇÃO, pois esta é uma das grandes soluções para a maioria dos problemas ao amamentar, sim, a “boa pega”, a “posição correta”, a tranqüilidade da mãe, o local/ambiente, tudo isso influencia na amamentação! Veja algumas imagens à seguir:

Quanto às posições:



Sentada: A mãe coloca o bebê no colo de frente à ela, entre os braços e apóia a cabecinha no seu braço. O melhor é que a posição do bebê seja de barriga com barriga.
Deitada: O bebê fica deitado de lado de frente para a mãe e todo seu corpo encaixado no corpo da mãe. Esta posição ajuda a mãe à descansar enquanto amamenta.
Cruzada: A criança fica deitada com o corpo todo apoiado no antebraço da mãe, envoltas, ao lado do corpo da mãe, onde a mãe segura a base da cabeça abaixo das orelhas. Deve ser verificado se o bebê fica aconchegado de frente à mãe sem que precise pressionar a cabeça do bebê e de forma que alcance o peito de forma correta.
Invertida: Com o corpo do bebê apoiado, a mamãe poderá mover o bebê de um peito ao outro sem precisar mudar a posição, é uma ótima maneira de segurar a cabecinha do bebê, principalmente do recém-nascido ou prematuro que necessita de apoio para pegar bem a aréola.
Quanto mais confortável estiver a mãe e o bebê, melhor é. Se necessário utilizar travesseiros ou apoios macios para as costas e para apoiar os braços e o bebê.

O que é necessário saber sobre a "boa pega"?

O sucesso da amamentação depende muito da "boa pega", ou seja, o bebê precisa abocanhar corretamente toda a maior parte da aréola para que consiga sugar a quantidade de leite necessária. O bebê só precisa ser estimulado à isto, pois o ato de sugar ele já sabe, na verdade. Quando há uma "má pega" além do pequeno não se alimentar direito, ocasionando choros, irritações e até mesmo desnutrição (se a má pega for contínua), poderá ocorrer rachadura no bico do peito. Por isso, se sentir necessidade ou surgir qualquer dúvida, consulte seu médico ou vá à um banco de leite, lá você será "treinada" adequadamente.

Veja abaixo imagens da "boa pega" e da pega incorreta:

Imagem retirada do manual do Ministério da Saúde - créditos: fiocruz

Veja que na primeira imagem da pega correta (fig.3) o bebê abocanha toda a maior parte da aréola do peito. Na outra imagem (fig. 4) pode-se perceber que uma onda peristáltica que se desloca ao longo da língua promovendo um "bico" dentro da boca do bebê.

Já na imagem da pega incorreta (fig. 5 e 6), assim como no uso da mamadeira, o bebê pega apenas o bico do peito e não toda a aréola, ou seja a mamada será insuficiente, provocando futuros problemas na nutrição e desenvolvimento da criança. Muitas vezes o bebê apenas "chupará" o bico do peito e não sugará o leite, pois ao abocanhar a aréola de forma correta, o leite sairá com maior facilidade.


Imagem retirada do manual do Ministério
da Saúde - créditos: fiocruz
Acredite, o leite materno é TUDO o que o bebê precisa!

Primeiramente: NÃO EXISTE LEITE FRACO!


O colostro é o primeiro leite que sai do peito e é produzido nos primeiros dias do após o parto. Ele vem em pequenas quantidades, O NECESSÁRIO para os primeiros dias da criança. Tem aspecto claro, ralo ou grosso e amarelado. 


Este ‘primeiro leite’, protege o bebê de muitas doenças, muitos o comparam como uma ‘vacina materna’. Depois de alguns dias, este colostro vai mudando de cor.
Ok, mas então por que o seu bebê ‘berra de fome’?  Primeiramente, nem todo choro do bebê é fome. Segundo, a digestão do leite materno é bem mais fácil, por isso nos primeiros meses a criança sente necessidade de mamar várias vezes. O bebê deve mamar logo após nascer e todas as vezes que quiser, no primeiro mês, as mamadas são freqüentes. É importante ressaltar que o bebê é quem escolhe a hora certa de mamar.


Mas atenção! O “mamar errado” faz a maioria das mamães acham que o leite é fraco, fiquem tranqüilas,
O LEITE MATERNO É O ESSENCIAL PARA O BEBÊ.


A principal causa que leva a mulher à pensar que seu leite é fraco é a falta de informação... por isso leia bastante sobre o assunto, converse com outras mães, questione seu médico, procure todas as formas de se interar sobre o assunto. Saiba que nem todas as informações que rola na internet são verdadeiras, existem vários mitos e também nem toda “dica infálivel” é válida para você, como foi para sua vizinha, informe-se.


O leite materno é COMPLETO, porquê? Citaremos à seguir:

- Contém vitaminas, gorduras e açúcares;
- É feito especialmente para o estômago da criança, por isso a sua digestão é rápida;
- Contém substâncias nutritivas de defesa que não se encontra em nenhum outro leite;
- Está sempre pronto e com a temperatura adequada, ou seja, a mãe evita gastos (com mamadeiras, leites industriais, bicos e economiza tempo!);
- Protege o bebê contra: diarréia, pneumonias, otites, alergias, cáries, resfriados, infecções urinárias e respiratórias, desnutrição, diabetes, doenças cardiovasculares, meningites entre outras doenças, promove o desenvolvimento neuropsico-motor, auxilia no desenvolvimento da fala, aumento de QI, melhora o equilíbrio emocional, entre vários outros benefícios...  poderíamos criar um post inteiro só sobre as vantagens do “super leite”!




O ato de amamentar é essencial para a formação da arcada dentária da criança;
Saiba que o ato de amamentar é benéfico também às mães e aos pais, porquê promove o vínculo afetivo, pois nada melhor do que o olho no olho entre mãe e filho, os laços afetivos da família envolvendo o pai e toda essa atmosfera motivante, promove e favorece o prolongamento da amamentação. 
É de suma importância o papai estar presente, incentivando e quando necessário auxiliando a mamãe durante a amamentação.

- Faz o tamanho do útero voltar mais rápido ao normal, diminui  o risco de hemorragia pós-parto, a mãe se sente mais confiante, ficará menos propensa à osteoporose, volta ao peso mais rápido, ajuda no equilíbrio emocional, entre várias outras coisas;

- Diminui o risco de câncer de mama e ovários! Que ótima notícia, não é mesmo? Vários estudos comprovam esta afirmação.
O ato de amamentar ainda é um método natural de planejamento familiar! A amamentação, muitas vezes, constitui um meio de evitar uma nova gravidez em curto tempo, pois a maioria das mulheres ainda não menstruaram (até o 6 meses de vida do bebê) e a amamentação requer exclusividade, durante o dia e a noite.

Não ofereça ao bebê qualquer outro alimento ou líquido que não seja o LEITE MATERNO até pelo menos os 6 primeiros meses do pequeno, 

a não ser que seja recomendação médica.

Durante os primeiros meses de vida, o estômago e o organismo da criança não está preparada para receber sucos (principalmente os ácidos), líquidos açúcarados, chás, entre outras bebidas.


Pode-se também continuar à amamentar a criança até seus primeiros 2 anos e com a orientação do médico iniciar a introdução dos alimentos na nutrição.


Mamadeiras, bicos, chucas, chupetas são os grandes vilões!

Pode parecer prático e indolor, porém veja a seguir porquê nós, da área de saúde “abolimos” o uso dos mesmos:
GRANDE RISCO DE CONTAMINAÇÃO!
A água no preparo do leite pode estar contaminada, o simples fato de não higienizar bem as mãos, costume de guardar leite na mamadeira, preparo antecipado do leite, utensílios no preparo do leite mal higienizados, tudo isso causa CONTAMINAÇÃO do leite que conseqüentemente causará doenças no bebê.

ATRAPALHA O ALEITAMENTO MATERNO!
O bebê aprende a “mamar erado” pois acostuma-se com os bicos artificiais que são totalmente diferentes da mama e acaba também não tirando do peito da mãe a quantidade de leite necessária, pode não ganhar peso e desistir totalmente de mamar no peito.

Prejudica na formação da arcada dentária do bebê e também na fala, pode atrapalhar a respiração do bebê, o tornando um “respirador bucal”;

É uma porta de entrada para infecções e respostas para o “chororô” que para a mãe pode ser “sem explicação”.

Diminui o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, item importantíssimo! Pois a amamentação promove o contato entre o corpo do bebê e da mãe e aquele “olho no olho”. 



É mais trabalhoso e gasta-se mais dinheiro, não só com os utensílios e leite, mas provavelmente com as futuras medicações, já pensou? Por isso, o blog PEQUENOS PACIENTES é à favor do incentivo ao ALEITAMENTO MATERNO! Seja você também uma “amiga do peito” e espalhe os conhecimentos adquiridos!

Vale ressaltar que a equipe de saúde tem papel importantíssimo durante a amamentação TAMBÉM!


O profissional de saúde, principalmente a enfermagem pode auxiliar, é crucial nas orientações à mãe, mas primeiramente deve saber o porquê as mães precisam de ajuda, conhecer a anatomia das mamas para orientar as mães, como é produzido o leite, as funções dos hormônios, as posições adequadas, entre outros fatores.


Como dissemos, este assunto é extenso, então aguarde, pois postaremos em breve os seguintes temas:

  • ANATOMIA DAS MAMAS
  • PROBLEMAS E DÚVIDAS FREQUENTES
  • APOIO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
  • DOAÇÃO DO LEITE e BANCO DE LEITE

Enquanto isso, separamos algumas dicas de sites interessantes e logo à seguir alguns vídeos explicativos:

Portal do aleitamento materno – Muito bom, fica a dica:

Manual explicativo:

Manual para profissional da área de saúde:

Dúvidas freqüentes:

Mitos relacionados à amamentação:

Dicas de livros para profissionais da saúde:



VÍDEOS:

Para as mamães que estão com dificuldades de amamentar:
      Fonte: multivegetal – Youtube



Dicas para amamentação correta

       Fonte: jcmóveis e Crescer – Youtube


Como preparar as mamas

      Fonte: tvpuccampinas - youtube

Atenção! Toda e qualquer informação aqui obtida, é apenas de propósito instrutivo e educativo, não substituindo a consulta ao médico.

Aproveite para dar uma olhada onde ficam os bancos de leite no Brasil
no site do Ministério da Saúde:

Até a próxima!




(Obs.: imagens retiradas da internet)

sábado, 5 de março de 2011

Dor de ouvido ou “Otite”



Principalmente para as ‘mamães de primeira viagem’, a dor de ouvido é um tema que assusta e incomoda. A mãe já fez de tudo, já trocou a fralda, já alimentou o bebê, aliviou o calor, não é sono, nem frio, nem aparentemente uma cólica e o choro e irritação permanece...  Provavelmente, seu filho estará com dor de ouvido, a “famosa” Otite, que significa infecções de ouvido e normalmente atinge as crianças nos primeiros meses de vida.

O que é a Otite e como identificá-la?
Otite é o termo médico usado para toda infecção do ouvido, que pode ocorrer no ouvido externo ou médio e pode ser aguda ou crônica.
Os principais sintomas são: dor, febre, choro freqüente, dificuldade para sugar e alimentar-se, irritabilidade e dificuldade de audição, muitas vezes a criança leva as mãos à orelha... Percebendo esses sintomas,  deve-se procurar o médico/pediatra o mais rápido possível.
Além destes sintomas mais comuns, em alguns casos podem ocorrer também: perda de apetite, secreção do ouvido, vômitos, entre outros.

Existem outros tipos de “otite”?
Os tipos de otite serão diagnosticadas pelo médico, assim como os tratamentos específicos para cada uma. As mais comuns são à serem citadas são: Otite média e Otite externa.

A Otite Externa
É localizada na orelha externa, ou seja, a entrada da orelha até o tímpano.
Mais comum no inverno, pode ser provocada por qualquer lesão na pele que recobre a parte externa do ouvido.

Quais os sintomas da Otite Externa?
Ocorre uma dor intensa e diminuição da audição. Em alguns casos, podem aparecer secreção e coceira. O diagnóstico é feito considerando os sintomas e por meio do exame otológico que permite o pediatra visualizar o interior do ouvido da criança.

Como é o tratamento da Otite Externa?
O tratamento da otite externa inclui analgésicos. Antibióticos e antifúngicos são usados como medicação tópica (gotas).

A Otite Média
É mais comum entre as crianças e principalmente no verão. Geralmente é provocada por gripes, infecção na garganta, infecção respiratória ou, umidade no ouvido. Pois os vírus ou bactérias passam pela tuba auditiva, causando acúmulo de secreção (pus) na orelha média. A pressão desta secreção causa a dor, a febre e a diminuição da audição.
Por isso os pais devem ficar atento quanto aos sintomas e o mais rápido possível procurar o pediatra, pois a perda da audição poderá ter conseqüências no desenvolvimento da criança, como problemas na linguagem e aprendizado, por exemplo.

Quais os sintomas da Otite Média?
Os principais sintomas são, portanto, a dor muito forte, diminuição da audição, febre, falta de apetite e secreção local.
O tratamento será com antibióticos e analgésicos. Em 2 ou 3 dias a febre pode desaparecer, sendo que a audição demorar mais tempo para voltar ao normal. Se demorar muito tempo para a audição voltar, deve-se procurar o pediatra e talvez seja necessário uma pequena cirurgia, mas a necessidade desta pequena cirurgia será detectada pelo médico.

Assista à seguir um vídeo relacionado à Otite Média:

Fonte: Youtube - universobebe

Como posso evitar a Otite?

Evite o uso de cotonetes, principalmente na parte interna do ouvido da criança.  O excesso de limpesa do ouvido retira o “cerume”, sua “proteção natural”, facilitando a evolução das otites. Este cerume é expelido naturalmente.

Ao secar o ouvido, evite “esfregar” a toalha, o atrito brusco da toalha, pode ocasionar uma inflamação, ou até mesmo por a toalha não ser do próprio uso da criança, poderá conter bactérias ou sujidades, sendo transmitida ao ouvido do pequeno paciente. Use uma toalha macia e enxugue com cuidado, se possível enrole-a na ponta do dedo e faça movimentos suaves.

Utilize protetores macios ou tampões para evitar entrada de água no ouvido da criança ao nadar. A água contaminada das piscinas e praias colaboram para as infecções de ouvido. Seque bem os ouvidos da criança após o uso das piscinas. 
Limpe com freqüência as secreções nasais de gripes e resfriados, evite deixar acumular catarro no nariz e garganta da criança.


Nunca amamente o bebê deitado, o líquido poderá ir para a tuba auditiva, favorecendo infecções. Evite também amamentar o bebê e deitá-lo em seguida. Ao amamentar prefira a posição sentada ou em pé.



Cuidado com a automedicação, às vezes ao invés de melhorar poderá piorar a situação. Nunca pingue qualquer medicamento sem a orientação do médico.

A vacinação contra a gripe, a Haemophilus influenza e o Streptococcus pneumoniae, protegem a criança contra pequenas infecções, dentre elas a Otite. Por isso, a partir dos 6 meses a vacinação é recomendada.
      


    É importante ressaltar que:


    Cada caso é um caso, e somente o pediatra poderá receitar o tratamento ideal para o pequeno paciente, nunca administre medicamento por sua própria conta, nunca “receite medicamentos” para amigos, parentes e vizinhos, qualquer dúvida, procure o pediatra. 
    Durante a visita ao médico, aproveite para tirar todas as suas dúvidas e se possível, anote.







    O(a) enfermeiro (a), deve orientar sobre a limpeza que deve ser feita apenas com água, sabonete, toalha e dedo; quanto à posição da amamentação, quanto à evitar introduzir objetos pontiagudos no ouvido e ao uso criterioso dos medicamentos receitados pelo médico.


    Abraços!




    >> Links interessantes para saber mais: